Rampa da Falperra ‘doou’ meio milhar de árvores para a zona de protecção do Santuário do Bom Jesus do Monte. Plantação foi a compensação pelas emissões de dióxido de carbono nas duas últimas edições da prova automobilística.
A plantação de 500 árvores na ‘Bouça do Souto’, um terreno de aproximadamente dois hectares, adquirido pela Confraria do Bom Jesus do Monte o ano passado para criar uma faixa arbórea de protecção da Mata do Santuário contra incêndios, foi ontem assinalada, poucos dias após a celebração do Dia Mundial da Floresta Autóctone.
A plantação foi promovida pelo Município de Braga e pelo Clube Automóvel do Minho (CAM), tendo a acção correspondido a uma compensação da pegada de carbono gerada nas últimas duas edições da Rampa Internacional da Falperra.
Rogério Peixoto, presidente do CAM, explicou que o meio milhar de árvores resultou de um estudo de impacto em termos de emissões de dióxido de carbono encomendado, em 2023, pela organização da Rampa da Falperra a uma empresa especializada.
Embora o impacto da edição deste ano daquela prova automobilística em termos de emissões poluentes tenha sido menor, foi decidido manter a compensação de 250 árvores calculada para a edição de 2023.
Para o vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa, que participou na plantação na ‘Bouça do Souto’, a mesma constituiu mais um contributo da autarquia para a valorização e salvaguarda ambiental do Bom Jesus do Monte, Paisagem Património Mundial declarado pela UNESCO em 2019.
“Nos últimos anos, já doámos ao Bom Jesus cerca de duas mil árvores em acções conjuntas com diversas instituições e empresas. Hoje, estamos aqui com o CAM que também se quis associar”, declarou o autarca.
A Confraria do Bom Jesus do Monte tem em marcha um projecto de reforço da sustentabilidade ambiental da paisagem cultural do Santuário, através da plantação de árvores autóctones.
O projecto passa, em parte, pela criação da tal faixa arbórea de protecção contra incêndios florestais, contribuindo, ao mesmo tempo, para o embelezamento da paisagem natural da encosta do Bom Jesus.
Na ‘Bouça do Souto’ estão a ser plantados sobreiros, castanheiros, carvalhos, bétulas, cerejeiras, entre outras espécies.
A Confraria do Bom Jesus tem como meta a plantação de cinco mil árvores naquele local. Estima-se que já tenham sido plantadas na ‘Bouça do Souto’ cerca de 2 500 árvores, metade do objectivo final desta reflorestação.
Ontem, o presidente da Confraria, cónego Mário Martins, destacou que este trabalho vai de encontro à mensagem repetidas vezes transmitida pelo Papa Francisco de defesa do nosso planeta como ‘casa comum’ e de uma ecologia integral.
Fonte: Correio do Minho
Autor: José Paulo Silva
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