Arquidiocese, Confrarias e Irmandades unem-se para potencializar o seu património natural e cultural.

Compromisso com uma ecologia integral ficou ontem patente com a assinatura de um protocolo.

Cuidar, proteger e valorizar os recursos naturais e culturais, assim como os edifícios construídos e os espaços envolventes. Este é, em traços gerais, o compromisso assumido pelas quatro Confrarias e Irmandades que integram a Coroa de Braga (Bom Jesus do Monte, Nossa Senhora do Sameiro, Santa Maria Madalena e Santa Marta das Cortiças), o qual ficou patente num compromisso assinado entre todas.

Coordenado pelo Departamento Arquidiocesano para o Tempo Livre, Desporto e Mobilidade (Pastoral do Turismo), o projeto “Cuidar, proteger e valorizar a Coroa de Braga” pretende, segundo o protocolo, «um verdadeiro laboratório» que compromete as quatro entidades, «promovendo um trabalho de entreajuda através de reuniões conjuntas para o efeito, sempre na procura do cuidado ambiental, da defesa da vertente religiosa e no intuito de colocar estes espaços marcados pelo sagrado ao serviço da comunidade bracarense e de quem o queira procurar».

Este compromisso inclui ainda a inscrição de todas estas entidades na Plataforma para a Ação Laudato Si, criada pelo Papa Francisco, a qual propõe um vasto leque de iniciativas, algumas já em fase de concretização e outras para serem concretizadas nos próximos meses ou anos.

Por entre as diversas ações previstas encontram-se a instalação de painéis solares nos Santuários e a melhoria do isolamento térmico dos edifícios, «sem por em causa o valor patrimonial e o impacto visual», a renovação e instalação de sistemas de iluminação mais sustentáveis e eficientes (luzes LED), a plantação de árvores autóctones e de espécies nativas nos jardins, a remoção das espécies invasoras e a proteção e recuperação das nascentes de água e minas, de modo a promover o uso sustentável da água.

A isto juntam-se a instalação de sistemas de rega gota a gota, a implementação de um sistema de limpeza das matas, a instalação de sistemas de trituração de resíduos florestais e a criação de centros de combustão.

Diário do Minho 28/09/2021