Fonte da Esperança
A Esperança é a rota. É a espera num bem futuro, que no presente não alcançamos. É a âncora para a alma e está simbolizada na fonte pela Arca de Noé, por onde correm veios de água.
Não temos mais a Arca de Noé, mas temos o Bom Jesus do Monte, o salvador que não deixa afogar no mar da incredulidade e no mar da injustiça. No meio das atribulações, a âncora é a tábua de salvação, é a esperança que sabe enfrentar dificuldades, que supera obstáculos, que tem respostas.
Superiormente eleva-se a estátua alusiva à Esperança, representada por uma mulher com o cabelo atado, que segura na mão esquerda uma âncora e no braço direito uma pomba que esvoaça.
Na base da estátua, a inscrição: «EXPECTANTES BEATAM SPEM ET ADVENTUM GLORIAE», traduzida por «aguardando a nossa bendita esperança e a manifestação da glória».
A Arca de Noé sobre a montanha alude ao dilúvio universal, que quase pôs cobro à humanidade. Porém, a esperança venceu o temor e tudo foi refeito.
De outro modo, a âncora é considerada um símbolo de firmeza, de solidez, de tranquilidade e de fidelidade, sendo a última salvaguarda do marinheiro na tempestade. A âncora está muitas vezes ligada à esperança, como um apoio nas dificuldades da vida. A pomba está, igualmente, relacionada com a Arca de Noé, como símbolo da esperança. Este soltou uma pomba para averiguar se as águas já tinham chegado ao seu leito normal. A pomba da primeira vez foi e voltou pois não encontrou lugar aonde pousar. Sete dias depois soltou-a de novo, mas voltou com um ramo de oliveira no bico. Constatando que o nível das águas estava a baixar. Noé esperou outros 7 dias e soltou de novo a pomba, e esta não mais voltou.
A fonte da Esperança possui, no interior do nicho, a representação da arca de Noé, no cimo de uma montanha, acompanhada do letreiro: «ARCA IN QUA ANIMAE SALVAE FACTAE SUNT», traduzido por «a arca, na qual poucas pessoas foram salvas».