O Cardeal Prefeito do Dicastério para a Educação e Cultura da Santa Sé, D. José Tolentino de Mendonça, visitou, antes da peregrinação anual ao Sameiro (02/06), o Santuário do Bom Jesus.
Acompanhado pelo Presidente da Confraria, Cónego Mário Martins, o enviado de Sua Santidade o Papa Francisco para o V Congresso Eucarístico Nacional teve oportunidade de conhecer todo o trabalho desenvolvido neste Santuário em prol da evangelização, da salvaguarda do património, da proteção do ambiente e da promoção do acolhimento de todos os que visitam o Bom Jesus.
Aproveitando a ocasião do Congresso Eucarístico Nacional, O Cónego Mário Martins, além de, a par das dimensões espiritual/cultual e turística, sublinhar a vertente da educação e da cultura que também carateriza a ação deste santuário, sobretudo nas áreas da música, literatura, pensamento, formação escolar e académica, património e arte, elucidou o Cardeal D. Tolentino das dimensões eucarísticas deste Santuário, no contexto da vivência do V Congresso Eucarístico Nacional em Braga. Assim, destacou, em primeiro lugar, o cálice do escadório, visível pelos elementos pétreos centrais do escadório dos cinco sentidos e o escadório das três virtudes.
De seguida, salientou a Fonte do Pelicano, no pátio circular que separa o escadório das virtudes do adro da Basílica, que rasga o peito para alimentar os filhos com a própria carne, tratando-se de mais um elemento simbólico que nos recorda a Eucaristia, o sacrifício de Cristo, Aquele que dá a própria carne para alimentar os demais.
Por fim, o Presidente da confraria fez referência à Capela do Encontro de Emaús a última do conjunto das 19 capelas, que, no exterior, na parte superior da entrada, apresenta o trecho lucano da bíblia: «Cognoverunt eum in fractione panis», traduzido por «reconheceram-no na fração do pão», remetendo-nos para o lema do Congresso “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. «Reconheceram-no ao partir o Pão” (Lc 24, 35)».
O Cardeal D. Tolentino visitou e rezou na Basílica do Bom Jesus, admirou a fé dos romeiros do Bom Jesus, marcada nos pés da imagem do Bom Jesus do Monte, o “Senhor dos Milagres”.
Posteriormente dirigiu-se para a sede da Confraria, onde assinou o livro de honra e deixou uma mensagem de ânimo e louvor pelo trabalho que se tem realizado no Bom Jesus, Património Mundial da Humanidade, o único em Portugal pertencente à Igreja, incentivando a Confraria a continuar o trabalho desenvolvido, em prol do bem de todos e da Igreja, considerando o Santuário do Bom Jesus um bom exemplo de acolhimento da mensagem do Evangelho e amor ao próximo.
Nas suas palavras, fez questão de sublinhar que “o Bom Jesus do Monte é um magnífico exemplo dos novos caminhos que a Igreja necessita de percorrer para o anúncio da fé aos homens e mulheres de hoje. A conjugação da arte e da natureza, da espiritualidade e do lazer, traduz uma importante e premente necessidade nos dias de hoje para se falar de Jesus.”