APRESENTAÇÃO OFICIAL
Esta iguaria que pretende promover ainda mais o Santuário dá continuidade ao projecto “Cinco Sentidos”.
É o segundo produto inspirado no Escadório dos Cinco Sentidos, depois da Fragância do Bom Jesus.
A Confraria do Bom Jesus do Monte apresentou a 26 de Abril os “Docinhos do Bom Jesus”; o segundo produto do projecto “Cinco Sentidos”, que visa contribuir para a promoção cultural, religiosa e turística do Santuário, que iniciou há pouco mais de um ano com a apresentação da “Fragância do Bom Jesus”. O produto, que será comercializado na Casa das Estampas e nos Hotéis do Bom Jesus, é produzido artesanalmente pelas Monjas Trapistas, mestres confeiteiras, que nestes docinhos souberam realçar o sentido do paladar, bem expresso na quarta fonte do Escadório dos Cinco Sentidos, utilizando uma mistura de miolo de amêndoa, mel e laranja, fruto que abunda nos jardins do Bom Jesus.
O Presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, Rev. Cón. Mário Martins, explicou que estes docinhos são o segundo produto do projecto “Cinco Sentidos”, desta vez centrado no sentido do paladar dando continuidade à “Fragância do Bom Jesus”, que enalteceu o sentido do olfacto.
«Podemos afirmar que o Bom Jesus “nos sabe bem” porque, como refere o salmo 119 “a Palavra de Deus é mais doce que o mel para a nossa boca…”», disse o Presidente da Confraria.
Salientando que os “Docinhos do Bom Jesus” vêm envolvidos por uma «bonita e graficamente bem concebida embalagem, trabalhada em papel reciclado, que nos mantém no caminho da sustentabilidade», o Cón. Mário Martins, referiu-se ainda ao texto que acompanha os docinhos na sua caixa e que remete para o facto de estes doces nos lembrarem «o quanto Jesus é bom; e, por isso, doce, interpelando-nos também a oferecer e a testemunhar essa doçura na vida dos outros».
«Este produto não valoriza apenas o sentido do paladar, mas é também uma valorização dos recursos endógenos porque temos aqui a laranja do Bom Jesus, a amêndoa de Palaçoulo, o mel de Miranda do Douro e é também o continuar da estratégia que a Confraria delineou quando tomou posse neste mandato, que é concretizar os objectivos da Encíclica Laudato Si, valorizando os produtos endógenos e as maravilhas feitas de forma artesanal», disse.
Depois de revelar um pouco da História e da vocação da Congregação, que se rege pela Regra de São Bento, a criadora dos docinhos, Irmã Annunziata, explicou que eles resultam precisamente da utilização destes produtos frescos e da experimentação na cozinha, pois «não aprecia fazer sempre a mesma receita».
A Irmã Ana Cecília, acrescentou que os docinhos têm um espírito comunitário, resultando do trabalho colectivo de todas as irmãs, incluindo a mais velha, com 86 anos.
Foi o próprio D. José Cordeiro, Arcebispo Primaz, quem revelou a forma como, por sua interceção, decorreu o processo de instalação da Congregação no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Miranda do Douro, onde se encontram em terrenos disponibilizados por 25 famílias. Mostrou também a sua satisfação por «a Braga, que é um lugar beneditino, chegar também agora uma presença beneditina».
Referindo-se em particular aos “Docinhos do Bom Jesus”, o Arcebispo de Braga felicitou a iniciativa da Confraria, argumentando que «a espiritualidade é o que de mais real possa existir».
«Muitas pessoas falam em espiritualidade como se não fosse real. Aqui está a prova que é», afirmou.
Por seu turno, o Presidente da Câmara Municipal de Braga, Dr. Ricardo Rio, considerou esta iniciativa como «fundamental para responder ao desafio de hoje de qualquer espaço, qualquer território ou activo turístico, que consiste em conseguir reinventar-se a qualquer momento, e trazer alguma novidade à interacção com aqueles que o visitam, sejam os residentes ou os milhares de turistas que todos os anos passam por aqui».
É um desafio enorme e difícil de superar mesmo para um espaço como este que tem tanto para oferecer, mas é algo que é visto, na minha perspectiva, com muito bons olhos porque é um alento para as pessoas poderem usufruir ou enriquecer a sua experiência», disse.
Brincando com o facto de parecer «um contra-senso disponibilizar docinhos a quem vem aqui praticar actividade física no seu dia-a-dia», Ricardo Rio afirmou que o produto pode ser encarado como «uma recompensa para quem já fez os escadórios do Bom Jesus ou pelo menos para quem precisa de alento para continuar para o Sameiro», enaltecendo ainda o espírito de partilha a que convida a caixinha dos docinhos, que tão bem combina com o Bom Jesus, «um local que não é para usufruir isoladamente».
«Olho agora com muita expectativa para aquilo que virá a seguir, neste fio criativo e inspirador da Fragância do Bom Jesus e dos Docinhos do Bom Jesus. Estou expectante para ver o que os próximos três sentidos trarão», afirmou.
Na sessão marcou presença também a Confraria BAFA (Bracara Augusta Fidelis et Antíqua), que levou a missão de dar a conhecer os Docinhos.