Capela do Levantamento

Capela do Levantamento

A capela do Levantamento, da Elevação da Cruz (da Arvoração, ou Exaltação da Cruz) é uma construção oitocentista e situa-se à direita de quem sobe, depois de calcorrear uma elegante escadaria em caracol. Edificada no século XIX, tem a forma octogonal, como a capela do lado oposto. Ambas foram construídas posteriormente ao templo, segundo o risco que deixou Carlos Amarante. A figuração do interior é da autoria do escultor João Afonseca Lapa.

No topo da capela, um excerto bíblico gravado no granito, clama pela nossa atenção: “ET EGO SI EXALTATUS FUERO A TERRA OMNIA TRAHAM AD ME IPSUM”, traduzida por «e, quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim». O figurado da capela assinala o triunfo das autoridades seculares sobre o Príncipe da Luz.

No interior, um letreiro introduz o contexto: «Pelo meio dia da Sexta feira Santa, Jesus foi pregado na cruz e em seguida levantada, primeiro a pulso, depois com cordas até a cruz ficar vertical como esta capela representa.

Suspenso entre o céu e a terra, o Bom Jesus entrou em agonia e proferiu as sete palavras de amor e misericórdia, que o Evangelho menciona. Ao lado esquerdo, vêm-se: Nossa Senhora debulhada em lágrimas e amparada por Maria Salomé; o apóstolo S. João com os braços erguidos em redor da cabeça; Maria Cléofas; Maria Madalena com um joelho em terra e outra piedosa mulher com o filho no regaço. Espalhados pelo monte vários soldados. Um, que chega montado no cavalo, é o Longuinhos. Outros cuidam de atar às cruzes os dois ladrões, Gestas, (o mau ladrão) já se encontra estendido na cruz. Dimas, (o bom ladrão) caminha para ela arrastado pelos cabelos».

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O Bom Jesus do Monte, referência incontornável.