Coretos

Coretos

No santuário do Bom Jesus conseguimos encontrar três coretos em localizações distintas:

– o primeiro destes localiza-se por cima da gruta de Ernest Korrodi. A 23 de maio de 1912 procedeu-se ao levantamento de uma armação de ferro para a execução de um coreto, conhecido também como caramanchão, pavilhão ou belveder. Este pitoresco mirante que coroa a respetiva edificação, é um encanto para a vista e um lugar oxigenado a quem os pulmões agradecem. Este primeiro coreto tem as suas armações feitas de modo a imitar madeira (tal como se pode ver noutras armações ao longo do parque), tem uma forma octogonal e no chão uma rosa dos ventos com a data 2 de janeiro de 1914;

– o segundo localiza-se em frente à Casa das Estampas, na Esplanada do Templo, construído nos finais da década de vinte. A mesa da confraria aproveitou os desenhos e a memória descritiva que o arquiteto Raul Lino tinha apresentado há mais de uma dúzia de anos. Mas pedindo de novo uma opinião a Raul Lino este aconselhou a utilização de granito na obra ao invés de metal. De imediato, a confraria vendeu a parte metálica do coreto para S. Bento da Porta Aberta, substituindo-a por um encantador conjunto com oito belas colunatas de granito em 1930-1932. Estas obras foram possíveis com o dinheiro angariado pelo falecido benemérito Bernardo Sequeira, onde se conserva a respetiva placa de homenagem. Foi este coreto que serviu de palco às festas anuais do Espírito Santo, que costumavam arrastar os bracarenses ao Bom Jesus do Monte, em animada romaria. Estes festejos constituíam um dos principais atrativos do Bom Jesus, mas perderam fôlego até desaparecerem do calendário das festas populares bracarenses. Recentemente a confraria do Bom Jesus retomou a vetusta tradição;

– o terceiro coreto, mais simples e de forma octogonal, localiza-se perto do lago num local mais resguardado onde a natureza e a obra humana se fundem criando um ambiente perfeito para a reflexão e o descanso. Na sua construção foram utilizados a madeira e o metal pintados de vermelho.

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O Bom Jesus do Monte, referência incontornável.