Fonte das Lágrimas

Fonte das Lágrimas

Continuando a caminhada, e próximo da capela da Unção (ou das Lágrimas), fica à nossa direita uma fonte, que, em tempos remotos, se encontrava à frente da capela, e agora ao lado. Também era denominada de «errática», por ser desprovida de inscrições e figuras. Segundo o Padre Martinho da Silva, no Manual do Romeiro (5.ª ed., Paris, p.103), era a fonte primitiva onde se encontra atualmente a fonte das cinco chagas.

Atribuímos a designação de Lágrimas por se encontrar junto da capela com o mesmo nome. É uma fonte simples, sem emblemas mitológicos e desprovida de motivos e dísticos.

Sobre esta fonte, Camilo Castelo Branco deixou-nos algumas passagens de elegante recorte, extraídas do seu livro No Bom Jesus do Monte: «E eu bebi dois sorvos de linfa da Fonte das Lágrimas, e subi, caminho da Mãe-d’água, para que o tio me não lobrigasse… O que eu fazia depois era ir à alameda da Mãe-d’água cavar o melhor oiro de saudades e poesia, ou esfriar os calores do sangue na Fonte das Lágrimas».

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O Bom Jesus do Monte, referência incontornável.