Capela da Agonia
A segunda capela, do lado norte, representa o Horto de Getsémani. De planta quadrada, brasonada, foi edificada, igualmente, no tempo de D. Rodrigo de Moura Teles. O interior desta capela foi reconstruído em 1788 e contém cinco imagens: um Anjo, Cristo e três apóstolos Pedro, Tiago e João.
Depois da última ceia, Jesus retirou-se, já de noite com os apóstolos, para o Jardim das Oliveiras.
Aqui o vemos rezar com os braços abertos, rosto angustiado e o sangue escorrendo pelo rosto. Os três apóstolos, Pedro, Tiago e João, em vez de O acompanharem na oração, adormeceram, apesar do Bom Jesus, por três vezes, os advertir com estas palavras sérias: «Vigiai e rezai, porque o espírito está pronto mas a carne é fraca». No alto, junto da parede, um anjo tem na mão a Cruz e o Cálice da amargura que o Divino Redentor aceitou sofrer pelos nossos pecados.
A presença do anjo, do mensageiro, elo de comunicação com o celestial, é o símbolo da purificação e defesa contra o demónio.
Nesta viagem por Jerusalém, o nosso pensamento sente os acontecimentos e a agonia do «Getsémani».
Na parte superior da frontaria lemos a inscrição latina gravada no granito: «FACTUS IN AGONIA PROLIXIUS ORABAT», cuja versão livre é esta «Cheio de Angustia, Jesus orava com mais insistência ainda».