Capela de Maria Madalena
Esta peregrinação passiológica, em ascensão, ora pela direita, ora pela esquerda, leva-nos respetivamente, a duas capelas em cantaria de granito e porta em arco.
Estas são diferentes de todas as outras pois estão embutidas na rocha, funcionando como grutas.
A construção destas duas capelas foi decidida pelo termo de mesa de 14 de julho de 1841 e retificada a 30 de julho do mesmo ano.
Esta capela representa a gruta, onde Maria Madalena, em êxtase, levitando se penitenciou escondida do mundo. A imagem da pecadora está de pé, sobre o monte, um jardim, uma gruta, contemplando um coro de anjos.
A inscrição desta capela não corresponde à cena ou à Maria que ali é representada, refere-se a uma passagem de Maria, irmã de Lázaro enquanto a cena é de Maria Madalena.
A capela de Santa Maria Madalena tem sobre o pórtico, a inscrição esculpida no arco: «MARIA OPTIMÃ PARTEM ELEGIT QUAE NON AUFERETUR AB EA», traduzida por «Maria, com efeito, escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
No paredão junto à capela, surge a primeira inscrição: «ESTA : EGREIA : E CAPELA MA(n) / DOV FAZER : O PRETONOTAIRO / DO(m) JOÃ : DA GVARDA : DEÃ(o) / DE : BRAGA : E LAMEGVO : / DO : CO(n)SELHO : DE : ELREI : / CONDE PALATINO POR SVA D / EVACA(o) / A XB D(ias) : DO MES: DE: SETENBRO DO ANO : DE : 1522».
Imediatamente abaixo desta pedra, outra inscrição: «INDICA A REEDHI(fi)CA / ÇÃO DA 2. CAPELLA EM / 1522 QUE FOI ABOLIDA NO / TEMPO DE D. RODRIGO DE / MOURA E TELLES EM 1725. / ANNO DE 1839».